Conviver é uma arte que exige compreensão e jogo de cintura na busca por um relacionamento saudável entre as pessoas.
As relações humanas estão em constante conflitos e atritos, seja por uma palavra que ofendeu o outro, seja por um comportamento inadequado. E como não é possível fugir deles, a saída é saber contornar a situação para que os impasses não acabem em rompimento definitivo dessas relações.
Convivência é puramente saber dialogar com o outro, estar com os ouvidos e o coração atentos. Dialogar não significa apenas falar ao ouro de suas conquistas, do saldo bancário, do que os filhos fizeram na escola, de política, de futebol. Um bom diálogo é aquele que traz a possibilidade de conhecer a outra pessoa e deixar-se conhecer por ela.
É falar sobre sentimentos, emoções e perspectivas de vida de cada um, muitos casais passam a vida conversando sobre a decoração da casa, os cortes no orçamento para dar entrada em um carro novo e pouco falam sobre o verdadeiro lar que desejam construir para os dois e para os filhos.
Um diálogo não requer grandes esforços. É preciso deixar a conversa correr solta, sem receio ou vergonha de expor os medos, as angústias e todos aqueles sentimentos que muita gente não confessa nem em frente ao espelho.
O que ocorre atualmente é que poucas conversas vão além do superficial. As pessoas ouvem as outras, mas não escutam; falam, mas não se deixam conhecer; esbarram-se, mas não se vêem!
Sem comunicação, os riscos de desentendimentos são maiores e muitas vezes, fatais. Às vezes, certas atitudes acabam incomodando os outros e estes por outro lado sequer se expressam de seus “incômodos”, o que ocasiona acúmulo de tensão, de mágoa, é como uma gota d’água num copo, e aí você sabem bem o que acontecerá, de gota em gota o copo irá transbordar...
E quando a situação é inversa? Ou seja, quem está pisando na bola é você? Muitas vezes você até está ciente do que fez ou que está fazendo, mas prefere omitir ou negar o erro. Pois saiba que reconhecer o erro e desculpar-se é uma demonstração de humildade e de valorização do outro, "a humildade exalta o homem ao céu da glória e do poder, enquanto o orgulho o rebaixa às profundezas da miséria e degradação” (Fé Bahái).
Quando as pessoas consideram-se valorizadas e capazes, o relacionamento torna-se mais íntimo e simpático, melhorando assim a convivência.
Poucos conhecem o poder de um agradecimento, que é uma das melhores maneiras de aumentar a convivência entre as pessoas. Quando o marido agradece a esposa pela paciência com sua ausência por causa do seu trabalho, ele está dividindo seu sucesso com ela. Quando a mãe mostra gratidão pela dedicação do filho em ajudá-la nos afazeres domésticos, ela retribui o amor que ele dedicou.
A arte da convivência: o saber viver implica a necessidade de aprender a conviver com as diferenças, nós seres humanos temos opiniões, culturas, personalidades, cores, credos e etc., diferentes uns dos outros, não somos iguais, e essas diferenças muitas vezes é que ao invés de nos aproximarmos, ao contrário, acaba nos dividindo, "pelo frio intenso da diversidade de opiniões, o roseiral da unidade definha-se e o fogo do amor de Deus se extingue” (Fé Bahai).
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