conversar ou dialogar? o que você prefere?

Entre conversar e dialogar há um grande vale. Conversar é falar sobre o mundo que nos cerca, os últimos acontecimentos no mundo, futebol, política e etc., dialogar é falar sobre o mundo que somos, sobre nossos anseios.

O ato de conversar você faz em qualquer lugar, com pessoas estranhas, na fila do banco, da lotérica, do cinema, no mercado, na rua, mas dialogar não.

Dialogar é contar experiências, é segredar o que está oculto no coração, é penetrar além da cortina dos comportamentos, é desenvolver inteligência interpessoal (Gardner, 1995).

A maioria dos seres humanos não conseguem atravessar essa cortina. Quantos pais, casais, familiares nunca tiveram a coragem de dialogar sobre seus medos, perdas, frustrações.

Deparamos-nos com situações que chegam a ser absurdas, pais e filhos, por exemplo, vivendo debaixo do mesmo teto por anos a fio e permanecem completamente ilhados? Sem diálogo, vivendo como completos estranhos.

Há pouco espaço para cultivar o amor mútuo, mas sobra bastante para cultivar por coisas supérfluas. Eles cuidam de problemas caseiros, no trabalho, e etc., mas não cuidam dos problemas emocionais e da relação.

Será que não estamos deixando falecer as nossas relações interpessoais por falta de diálogo?Se destruirmos o diálogo, como se sustentará nossas relações? Precisamos desenvolver o hábito de dialogar. O prefixo “di” quer dizer dois, não há diálogo com somente uma pessoa, é preciso haver duas para se dialogar, senão vira monólogo. Dar liberdade mútua para ambos falarem de si mesmos, das suas inquietações, das suas dificuldades, da vida pessoal e social.

O que não podemos esquecer é que não há mágica para construir relações interpessoais. O diálogo é insubstituível. “Boas palavras e veracidade são, em virtude de seu elevado grau e posição, semelhante ao sol que se levantou no horizonte do céu do conhecimento” (Fé Bahá’í).